Um dia, no Teatro, me disseram que o corpo estava aprisionado (não o meu, especificamente, mas tooodos os corpos), daí era pra "atingir, romper os limites".
E isso me fez pensar:
- O conhecimento é só corpóreo? Só físico? E o físico, só pode ser dermo-ósteo-muscular? Concedo que não seja exclusivamente intelectual (e, em nenhum momento, o descarto!). Mas, onde ficam: o imagético, o visual, o auditivo, o tátil, o gustativo, a memória, a intuição,
o equilíbrio, o..., a... ?

- Romper, é? Atingir limites, é? Então, que tal alguém localizar, mostrar e romper os limites: da tragédia, da tristeza, do riso, do patético, da moral, da religião, do fanatismo, da coragem, do medo, do ridículo, da covardia, da paixão, do desejo etc., em lugar dos limites do corpo?

Você só atinge os limites...
... da água, quando se molha.
... da gravidade, quando flutua.
... do fogo, quando se queima.
... da sanidade, quando enlouquece.
... da resistência, quando quebra.
... da força, quando sucumbe.
... da criatura, quando cria.
... da dor, quando sofre.
... da vontade, quando desiste.
... da vida, quando morre.

Mas... isso tudo é atingir ou ultrapassar?
Aí é que está: só sabemos que o limite foi atingido quando ele já está atrás de nós.
Se ainda está à nossa frente, não foi atingido.
(Prof.Me. Warde Marx)
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