Transborda
Aqui dentro
Bate pra fazer arte
Em cada parte dum sol
Poente
É feito alarde
Que proclama
O fogo da tarde
Na cama chama duma nuvem
Vista no final da mente
O universo do meu verso
É peito aberto
Que sangra e nasce
De um canteiro torto
Uma rosa linda
Cavuca a terra
Pra plantar semente
Pra colher o fruto
E comer contente
É um aguardente
Que se embriaga
Com as histórias de vida
De qualquer gente
O universo do meu verso
É o céu de coração erguido
É a canção que cura o doente
A chave que liberta o prisioneiro
De si mesmo
Não tem nome
Nem tem dono
E nem tem rima
É um mistério
Que pulsa o papel
A caneta e a tinta
Canta o que grita
Escreve o que não se fala
Enxerga o que se esconde
E traduz todo um querer.
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